A gente tá sempre falando do outro.
Das dificuldades do outro, dos defeitos do amigo, da direção perigosa de um condutor, da incapacidade alheia de posicionar-se.
O governo é ruim, nós somos bons, a educação do garçon deixa a desejar, a nossa sobra.
O comportamento ético, entretanto, só parte de si mesmo. Não adianta olhar pro lado, sem antes olhar pra si mesmo.
O Estado com isso? Ele é formado por nós... Em vez de se esperar que os governantes mudem sua postura, que tal mudarmos nós a nossa?
A gente acaba sendo muito chato quando fica muito entusiasmado com o comportamento certinho. Bão mes é não interifir na vida alheia e ter respeito para com todos, sem ser o chato a ficar chamando a atenção dos demais.
Esta, a única saída pra gente revolucionar de vez essas cidades que estão a ficar malucas...
De Kafunga a Kfouri, análises sobre futebol! De Caminha a Lula, o que achamos sobre política. Poesias e comportamento humano.
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Falou e disse Sr. Bicalho!
ResponderExcluirera uma vez uma cidade cheia de pessoas com parafusos frouxos. todo mundo tinha uma chave, que apertava só o seu parafuso. mas as pessoas andavam frouxas por ai querendo apertar o parafuso dos outros. era comum encontrar numa esquina pessoas tentando em vão apertarem uma o parafuso da outra. a cidade era realmente estranha: funcionava, por incrível que pareça.
ResponderExcluire as pessoas passaram a acreditar que um dia
alguma revelação lhes traria a resposta para o que sutilmente aprenderam a desconhecer. criou no poder de uma chave que apertaria todos os parafusos.
alguns, por força de uma absurda necessidade de achar respostas, com o tempo, buscaram soluções no que passaram a chamar de ciência. as chaves foram modificadas, de tal maneira que passaram a se encaixar nos parafusos alheios. algumas chaves serviam em mais de um parafuso. e esses pessoas aprenderam a ganhar dinheiro vendendo apertos fracionados nos parafusos dos outros. não tudo, por necessidade de manterem um vínculo de dependência, deixavam os parafusos dos carentes um pouco bambos, o que, na rotina diária de buscar respostas, tornava a afrouxar.
fala-se que uns na cidade já aprenderam a fazer
o reparo em si mesmo. esses dizem ser tão fácil a operação que não entendem por que tanta gente se empenha em buscar na chave do outro o ajuste de seu parafuso. isso também passou ter um nome, para uns amor, para outros amizade. seja lá o que for, o auto ajuste permaneceu durante anos ali, dentro do bolso de cada um, pronto para em pouco mais de uns dez segundos consolidar o aperto. Ser ético é saber apertar parafusos, dos outros? Ser ético é apertar o nosso e respeitar o parafuso frouxo dos outros? Ser ético adaptar a nossa chave para apertar os parafuso dos outros? ser ético é imaginar que todos parafusos, mais variados que sejam os seus paços? Não tenho resposta, tenho há muito tempo tentado consertar a minha chave para pelo menos eu apertar a folga dos meus.
Haroldo