domingo, 30 de dezembro de 2012

10 anos de PT no poder

Os anos FHC-PSDB controlavam a máquina mais habilmente, já que a própria máquina ainda não representava um governo popular. Além do evidente apoio da elite brasileira que controla a mídia. Afinal você alguma reportagem no Jornal nacional, Veja ou outro órgão jornalísito sobre a compra de votos na reeleição? Há que se buscar uma reformulação do PT, do ponto de vista dos acordos. Mas que prefiro mil vezes um governo popular, a uma social democracia voltada pro atendimento do neo-liberalismo e do Consenso de Washington - ah! - isso prefiro demais.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/1208017-forte-na-politica-mas-desgastado-pt-faz-10-anos-no-poder.shtml

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Eu sonho muito mais

Pra que me sentar?
Ler?
Entender?
Eu sonho muito mais.

Pra que tentar?
Escrever?
Conseguir?
Eu sonho muito mais.

Vida que me fez parar.
Eu fiz.
Da vida e de mim, as causas.
Pra que sonhar?

Eu sonho muito mais,
Sentar, ler, entender.
Tentar, escrever, conseguir.
Eu posso, parado o sonho.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Pro pequeno Rick

Um dia ele chegou e o vi entrando em minha casa. Até então, só minha casa.

Entrava loiro, pequenino e de olhos azuis. Acabei por sentir-me de lado.

Mudamos e fomos ver o tempo passar na capital.

Foram tempos em que cobrava o amor só pra mim e deixei-me levar por lugares de sombra.

Vieram os anos e vi-lhe crescer. Ainda que o amasse e protegesse, ainda havia nuvens que entorpeciam-me.

Mais chuvas e trovoadas, mas nossa união fez fazer sol em minha vida.

Depois. Sim, o depois.

Construímos juntos um pedaço de nossa casa ao som de Serafim e seus filhos e fomos, enfim, amigos.

Mais tempo, mais coisas feitas juntos.

Até que um dia tivemos de levar nosso grande amor, la pícola madre, pra se tratar. Éramos, de novo, eu e ele.

Não mais deixei turvar meu espírito.

Vimos todos aqueles dias ruins, mas sempre estivemos lá, juntos.

E ela se foi. Mas, como que por sua força, ficamos cada vez mais próximos.

Um dia, convidado que fui, vi a chegada de sua pequena Sabedoria e pude, finalmente, abraçá-lo, ainda que o fizesse na figura de sua pequena Maria.

Resgatei aquele dia tão longe, em que chegava ele nesse mundo e ficamos juntos. Ele, pequenino, e eu, grandão, a vê-los. E, sorriso no rosto, chorei entre abraços e alegrias.

Agora, na ausência, meu pequeno Rick, vejo-o próximo em cada passo que dou. Abraço meu loirinho e vemos juntos os sóis e mundos que se nos apresentem.

Espero ser pra você, o exemplo que se tornou pra mim.

Admiração e, sem dúvida, orgulho por sua altivez e coragem fazem de mim mais um que gosta daquele pequeno menino que cresceu.

Mais uma história. Esta, pro meu little brother, Rick.






segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Tento

Aqui, agora, neste instante, em que meus olhos nos veem, minha alegria parece longe.

Reporto-me a vários lugares conhecidos e próximos, mas há parte de mim que vai mais longe, mais perto de toda a verdade. Não duvido de minhas memórias ou de meus sonhos, só deste lugar sóbrio e só, e muito mais lúcido.

E, assim, vou até todos meus sentimentos, afundo-me nesta vontade inesgotável de explicar-me. Se há algo dentro que possa salvar-me vou atrás e vejo, sinto e tento, por mais parado que esteja. Calculo-me, como já o fiz tantas vezes, mas só pra efeito de repetir, não mais de render-me.

Seus olhos, como os meus, não viajam mais tão perdido, mas absorto, na busca. E, enquanto não acho, vou-me, enuveado e certo. Sou parte de todos nós que se sentem tão diferentes dos demais. Sou o arqueiro que busca seus próprios alvos.

Não sorrio de novo, contudo sinto-me já tão mais resignado. Enquanto o sono não vem, durmo em mim esta vontade. Amanhã procuro de novo. E mais uma vez, e sempre. Vamos, que há muito mais por escrever. Tocaremos o que procuramos, juntos.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Pro menino

Eu fui um menino.
De sorriso doce, fácil.
De grande rancor,
De esperança, sempre.

Eu sou um menino.
Respeitado, mas que cresce.
Amado, mas que força.
Castigado, mas que aprende.

Eu quero o menino.
De emoções, de alma profunda.
De ações, de força contínua.
De dor, de avanço na vida.

Eu tenho um menino.
Que em mim se mistura,
Age, cobra e ama.
Pra esse menino,
Todos os sonhos e realizações dessa vida.


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Rodrigo, que desce as montanhas

Desci as montanhas de minha vida e vi as pedras que comigo tombavam, enquanto caminhava.

Passei pelos pés-de-fruta que me compunham e enxerguei minhas três facetas, que se falam:

- Não sou tão forte.
- Não sou tão menino.
- Não sou tão lúcido.

Somos apenas nós que descem juntos, à procura.

Nós nos amamos, nos perdoamos, somos gratos. Por tudo.

Desejamos a paz, além de todo entendimento.

E, assim, a grama verde tocou meus pés e pude ver minha casa, que precisava de nós.

E nos perdoamos mais uma vez, e pedimos perdão a ela e dissemos que somos muito gratos por tudo e que o amor nos reúne.

E, agora, posso dizer, sem mais conflitos, te amo, por favor me perdôe, sinto muito, sou muito grato.

Nos lagos da fluidez deste entendimento, nadamos juntos e fomos apenas um.

Que sentiu tudo, que foi inteiro, que  agrdeceu á ajuda terapêutica, e pôde ter coragem.

Agora, abraço os meus, sou mais um só e posso beber goles d'água, que tanto me refrescam.

Montei em meu corcel de motor,  e músculos e óleo me viram, agradeci novamente e fui em frente.

Nessa parte da jornada, em que desço percebendo o novo, vou além de mim mesmo.

Converso com Deus e me sinto vivo. Com todos meus semelhantes, com minha vida, com minhas escolhas.

Mas ainda assim, a caminhada é longa e a amo por isso, peço desculpas a ela, e sou todo gratidão.

Talvez se os velhos estivessem aqui, poderia lhes dizer o mesmo, mas só o pensamento pode tocá-los.

E, em pensamento, amo, perdôo e agradeço.

Minha vida, meus objetos, meus erros, minhas desilusões, amos vocês, perdoem-me, e vejam minha gratidão.




sábado, 18 de agosto de 2012

Meus jogos

Risca-me agudamente a garganta um nó inexplicável. Sinto amargar os sentimentos e enuveada a cabeça, que lateja, pensativa.

Tremo enquanto o grafite risca palavras que tentam explicar-me e deixar que esta enchente em mim passe.

Correntezas de angústias frias e contidas tocam minhas correntes vermelhas, que, azuis, veem o jogo passar e meu nervosismo aumentar.

O jogo, que representa meus próprios erros, não passa e me vejo parado e preso em um corpo que se agita.

A cada lance, minha vontade de recompor-me, tocar a bola e bailar um gol em minhas expectativas. A cada drible, a vontade da realização e do estufar de todas as redes que me formaram.

Às defesas, alinho-me e espero camaradas que marquem comigo todos os ataques que, falsa, ou certamente, sinto.

Iniciam os celestes nova jogada e risca-me a linha do gol, enquanto deixo que a emoção do confronto leve-me longe daqui.

Suspiro o fim do 1º tempo, mas não me dá nem 15 minutos o aperto em minhas pernas, que descansam.

Aquieto-me e pulo dentro de minhas emoções. O cigarro alivia, mas faz-me sentir mais ainda o forte sabor, além do tabaco.

É assim que volto a este velho e conhecido lugar, que tantas vezes me fez compainha, quando, só, o vivencio.

Sinto que o time vai e, titubeando, vai ainda mais. Imagino o respirar final, vitorioso. Deles, e meu.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Novamente, de novo, again, una vez más...


Entro em casa em vejo perdido dentro daquelas repetições tão conhecidas, mas já tão insuportáveis.

Abro meu quarto e vejo-me, mais uma de tantas inúmeras vezes, preso naquelas paredes dentro de mim mesmo.

Não olho mais nada, só apago pra fora e rendo-me às desculpas, entrando naquele mundo donde só vou acordar no dia seguinte.

Um mal humor afugenta-me da ida a qualquer lugar e de outras pessoas. Leva-me cada vez mais pra dentro de mim mesmo e me aumenta a fome.

E mastigo. Como se não houvesse mais nada a fazer, além de apagar aquele imenso arder, que me dói e entristece.

Mais uma tarde noite de visualização entorpecida do mundo e de mim mesmo.

Enquanto isso, lá se vai mais uma tentativa e um dia

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

São todos príncipes

Descia pra Savassi, já a noitinha, olhando as pesoas que iam e viam, numa cidade cheia de um tanto de gente sozinha.

Passei pela Praça da Liberdade e aquele amontoado de cânticos chegou até mim. Muitas e muitas mulheres, meio exageradas é verdade, mas que davam seu recado.

Campanha política.

Junto à elas, de longe, bem protegido por alguns seguranças, jazia ainda vivo, um senhor candidato a vereador.

Olhei aquela cena. O sujeito, representante absoluto do povo brasileiro, desafiador das eleites e representante de todo trabalhar nacional, de braços cruzados, sendo terrivel e completamente adorado.

Lembrei do quanto, depois de eleitos, eles se sentam nas casas legislativas, com o todo o luxo possível, e nunca mais são nossos empregados.

Saí da praça, ainda vendo o representante absoluto do povo, cercado e distante.

Continuei indo e incessantemente me perguntei por que fazemos isso.

Damos a eles aquilo que é só e apenas nosso.

E subi a Cristóvao Colombo um pouco  mais triste.



quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Agora é Maria!

Ainda aos treze anos, lá estava eu no Aeroporto da Pampulha, na praça,a guardando a chegada do Lula.

Levava no peito o nome do candidato que escolhemos pra reverter a situação do poder neste país. Vimos chegar o Brizola, ainda à frente nas pesquisas, e depois o Lula.

Lulalá, nasce a esperança, Lulalá, de um Brasil criança, lulalá, vai valer a pena... E assim fui entrando na cena política, ainda cercada de mais sonho que realidade. O Collorido foi eleito.

Depois Ficando Henrique Nervoso, e mais uma derrota, que continuou na reeleição do tucano. mas estávamos ali, sempre, distribuindo santinhos, acreditando na possibilidade de melhora possível.

Depois, a vitória, o discurso na Afonso Pena, que assistimos pelo telão. Todos embevecidos com um governo popular, com um discurso afinado com a classe trabalhadora deste país.

Lembro-me de um debate com o Patrus, no antigo ICEX-UFMG, onde, ainda sem saber que se tratava de um Bocaiuvense, assim como eu do norte de Minas, vi alguém que queria mudar a cena Belorizontina.

Patrus foi eleito, acabou com o chiqueirinho dos ônibus (tão simbólico da governança de forma privada naquela época) e mudou a forma de governar uma cidade (OP, ligação com as lideranças populares, etc).

Mas é hora da mudança, é hora de apoioarmos a Maria e voltarmos a sonhar uma BH além do possível, é hora de uma campanha mais voltada pras mudanças que a máquina carente de oxigenação precisa.

Pela volta dos sonhos, de nos arrisar-nos mais, voto Maria, e você?

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Gostei de você...

Gostei de você.
Quando olhou e conseguiu me ver, ainda que eu não estivesse a vontade pra te mostrar.

Gostei de você.
Quando sorri e pude mostrar-me como sou, ainda que sempre escondesse algo.

Ainda margeamos rios de profundidades diferentes, de margens distantes, mas parecemos ir pelo mesmo percurso, onde pudemos, juntos, refrescar-nos em suas águas.

Vi você ainda distante, fui buscá-la e voltamos á noite, em nossos sonhos.
E gostei de você, que confiou em mim e mostrou-me a pouca luz que nos iluminou.

E por ai vou, deixando que meus sentidos vejam você a meu lado.
E ainda vamos percorrer muitos caminhos, banhar-nos em muitas águas, sentir muito do vento e sol que nos serão enviados.

Ainda há muito chão, muitas pedras, cachoeiras e todo o vento do mundo,  mas parece que buscamos juntos.

Gostei de você.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Amanhecer

Dentro de um dia de esperas, levantei-me. Cedo, como de hábito.

Corri os olhos pela minha vida, que se mostrava ainda abatida, dentro de minhas pálpebras, que demoravam para abrir.

Fui pelas ruas, sentindo a madrugada, que dava adeus, deixando seu frio e reflexão em mim.

Olhei as casas que dormiam, as árvores que deixavam o vento balançar-lhes e senti-me ainda um ser estranho àquela cena de amanhecer.

Vi as pessoas que passavam por mim, muitas vidas, em quem vi refletidas o que observo em mim mesmo.

Todos iam, alguns com pisadas mais firmes, outros ainda reticentes, como eu mesmo parecia me sentir.

No trabalho, meu mau humor de segunda-feira levou a uma música que pareceu acordar-me. 

Deixei finalmente toda a beleza do começar do dia que compartilhei e pude sorrir uma semana de esperas.

Se o amanhã não fosse tão distante (Geraldo Azevedo):

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Já não vamos pela mesma estrada

Talvez a despedida não seja tão triste.

Talvez possamos estar juntos, dentro de nossos corações, que se amaram tanto.

Talvez vejamos nosso traço, quando desenharmos uma história feliz.

Neste momento de saudades, cheiros e, ainda, incertezas, sinto, como vc, um tanto de decepções que nos causamos.

Ficam todas as risadas, gostos e horas a fio de se saber o que é ter um amor.

Agora, irei em busca de entender este sentimento.

Vou refazer o caminho por onde me deixei perder.

Vou perceber todos os nossos cantos e, de longe, nos ver.

Se tudo der certo, dia desses, minha sala, pronta, espera por quem irá buscar me ver.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Meus pequenos sonhos...

Quando era menino, cantava com meu pai, dentro do carro, a música do tambor... Viajávamos juntos e aquela música marcava minha relação com o velho e o caminho pra Macaúbas.

Depois, na descoberta da mudança pra capital, onde deixava minha querida Itacambira, "O Menino da Porteira" viajou comigo e fez cançao em mim, já em BH.

A música, por mais que não me importasse com a essencialidade de minha relação para com ela, veio marcando todas as etapas de minha vida.

Já na adolescência, Legião e todas as músicas que representavam aquela fase de dúvidas e de emoções tão à flor da pele...

Um dia, debaixo de um pé de amora, eu e a loirinha de minha vida, deixávamos um "depois de um dia chuvoso" lavar-nos a alma.

Todos os dias em que via uma roda de violão, aquela vontade de saber cantar.

E fui, finalmente, atrás. E encontrei alguém que pôde me ensinar.

Ensaiar, aprender, desistir, tentar de novo, ter de esforçar-me, ter a coragem pro palco, pra apresentação, tremer, gostar, sorrir, entender que fui capaz de desafiar-me e conseguir.

Saí daquele palco mudado, alegre, integrado, sabendo que meus pequenos sonhos encontraram-se comigo, assim que fui capaz de olhar pra eles, deixar meu coração disparar e dar-lhes as mãos.

Meus pequenos sonhos estarão comigo de agora em diante, atiçando-me o medo, mas tendo coragem pra esperar o amanhã.

Minha casa e meus sonhos

 Hoje olhei pras paredes de minha casa. Pensei na melhora, gostei do que fiz. Fiz da parede meu retrato e da lembrança minha busca. Sorri ao...