quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Rodrigo, que desce as montanhas

Desci as montanhas de minha vida e vi as pedras que comigo tombavam, enquanto caminhava.

Passei pelos pés-de-fruta que me compunham e enxerguei minhas três facetas, que se falam:

- Não sou tão forte.
- Não sou tão menino.
- Não sou tão lúcido.

Somos apenas nós que descem juntos, à procura.

Nós nos amamos, nos perdoamos, somos gratos. Por tudo.

Desejamos a paz, além de todo entendimento.

E, assim, a grama verde tocou meus pés e pude ver minha casa, que precisava de nós.

E nos perdoamos mais uma vez, e pedimos perdão a ela e dissemos que somos muito gratos por tudo e que o amor nos reúne.

E, agora, posso dizer, sem mais conflitos, te amo, por favor me perdôe, sinto muito, sou muito grato.

Nos lagos da fluidez deste entendimento, nadamos juntos e fomos apenas um.

Que sentiu tudo, que foi inteiro, que  agrdeceu á ajuda terapêutica, e pôde ter coragem.

Agora, abraço os meus, sou mais um só e posso beber goles d'água, que tanto me refrescam.

Montei em meu corcel de motor,  e músculos e óleo me viram, agradeci novamente e fui em frente.

Nessa parte da jornada, em que desço percebendo o novo, vou além de mim mesmo.

Converso com Deus e me sinto vivo. Com todos meus semelhantes, com minha vida, com minhas escolhas.

Mas ainda assim, a caminhada é longa e a amo por isso, peço desculpas a ela, e sou todo gratidão.

Talvez se os velhos estivessem aqui, poderia lhes dizer o mesmo, mas só o pensamento pode tocá-los.

E, em pensamento, amo, perdôo e agradeço.

Minha vida, meus objetos, meus erros, minhas desilusões, amos vocês, perdoem-me, e vejam minha gratidão.




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