quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Viva Roger Bil!


Pra vc, brother, que fez aniversário dia 19. A homenagem é um pouco atrasada, a lembrança não foi.

Pra Rogério

Já te vi buscar gado em rio cheio
E saídas em vida rasa.
Ri de tuas estórias,
Quando buscava aliviar a dor.
Amei tua presença,
Quando foi amigo incondicional.
Hoje, meu querido irmão,
Em que a ausências nos faz brotar lágrimas,
Até nos bons momentos,
Encho o peito pra desejar-lhe o bem.
O bem que cura feridas
E nos resigna nesta caminhada.
Que nos envolve com os bons
E nos dá esperança.
Te desejo o riso frouxo
E a força empenhada.
Que sua espada sejam suas convicções e,
Seus princípios, seu escudo.
Há muito o que dizer
E mais ainda o que sentir.

Chuvas em BH. Depoimento de moradora do Bairro Suzana.

Não eram nem 5 da manhã quando abrimos os olhos e nos deparamos com a água já sobre nossas casas. Sim, choveu muito, mas aquela quantidade toda de água não nos parecia vir exclusivamente da chuva. As compotas da Lagoa da Pampulha foram abertas, pois, o nível da Lagoa subiu e isto, segundo a Prefeitura, tornou-se uma ameaça fatal para algumas regiões de BH, sobretudo, para nobre região da pampulha. Então ok: abriram as compotas e a água foi escorrendo para todos os possíveis cantos, mas tudo isso dá em um único lugar: Córrego do Onça: Favelas e periferias que ficam ao redor do mesmo.

Hoje, 23 de Novembro de 2010, aconteceu uma enchente como nunca antes. Pessoas que moram no bairro há mais de 50 anos diziam nunca ter visto algo igual. Pois bem, nos reunimos e fomos à luta mais uma vez e mostramos a BH e ao país (ainda que pela mídia sensacionalista) a nossa existência; já que somos um bairro que a Prefeitura quer, a cada dia, extinguir do mapa. Isso eu digo pelo fato de nunca conseguirmos o falso “Orçamento Participativo”; pelo fato de o ônibus servir apenas aos demais bairros vizinhos (pasmem: depois da construção da Linha Verde, feita pelo Sr. Aécio, a linha 5101  - SUZANA/CRUZEIRO -  passa em apenas 1 rua do bairro suzana e o ponto final encontra-se no bairro de classe média Dona Clara); pelo fato de retirarem várias famílias para a construção da Linha Verde; pelo fato de não existirmos no mapa de BH, e olha que geograficamente pertencemos a tão nobre regional Pampulha.

De dia ficamos sem água e agora a noite estamos sem luz, muitas casas ainda com barro. Sofrimentos, revoltas, ações e reações das mais diversas formas foram feitas: muitos rezavam o tempo todo; alguns se reuniram e chamaram o poder  público (discutiam, negociavam, reivindicavam seus direitos); outros se uniam e botavam fogo nas coisas perdidas pela avenida cristiano machado. Cada um reagindo da forma que foi possível.

O bairro Suzana é dividido em duas partes: a parte alta e a parte baixa (que fica mais próxima da Cristiano Machado, de frente para o córrego do Onça). À tarde a região recebeu a visita do Prefeito e...... qual foi a única medida que Márcio Lacerda disse que tomará??? Será colocado um radar para medir o nível da água no córrego. Ponto final, nada mais que isto. E a linha verde permanece acabando com parte de nossas famílias e a cidade administrativa permanece lá, intacta.



De tudo que experimentei hoje o que mais me marcou, felizmente, não foram as cenas de tristezas, mas sim o companheirismo entre as pessoas. Gente da parte de cima (casas que a água passou longe) e até mesmo gente que veio de outros lugares, desceram até nós e foram de casa em casa oferecendo ajuda: levaram comidas, pães, café quentinho na hora, palavras e conversas afetuosas para nos encorajar a encarar a situação. Situação esta que sabemos que não será solucionada de imediato, mas sabemos também que nem Márcio Lacerda irá nos desarticular, nem os policiais que nos vigiaram hoje durante todo o dia.

Nossa força vem não sei de onde, permaneceremos brigando com esse governo para que medidas dignas sejam tomadas. Aliás, eu sei de onde vem sim essa força: vem da nossa ancestralidade, pois, como dizia minha vó: “suzana é onde cresci, suzana é o que construí. Suzana só morre para quem se esquece das origens.”

Gente este e-mail é para compartihar com todos/as vocês minha agonia pelo dia de hoje, mas também para agradecer a todos/as que se fizeram presentes. Os que me ligaram, os que saíram de sua rotina e vieram nos ajudar, os que rezaram por nós.

Peço aos que puderem que nos doem o que estiver ao alcance (roupas, sapatos, colchões, eletrodomésticos, roupas de senhoras, roupas de bebê, enfim, o que tiverem) e para encaminhar este e-mail a demais pessoas. Assim é só me ligar ou me retornar por e-mail que eu ou qualquer outra pessoa do bairro daremos um jeito de buscar.

Te agradeço!



Enfim, esta é apenas uma das muitas lutas que rola por aí...



AKOMA sempre, para todos/as nós!!!



Danielle Anatólio

(Moradora do Bairro Suzana)

9678-1661 / 3497-0968

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Futebol, frustação e verdade...

A frustação de todos do Cruzeiro ao perder um jogo em que a equipe foi muito superior gerou um pouco de exagero nas reclamações... O que não quer dizer que estivessem errados...

O pênalti foi polêmico e há quem o marcaria. Isso não se discute... O que discuto é: Houve três impedimentos muito mal marcados contra o Cruzeiro.

Veja o vídeo. Nos lances, os jogadores azuis estavam a pelo menos 1 metro antes dos jogadores do Corinthians...

Além disso, no segundo tempo, houve dois pênaltis em jogadores do Cruzeiro... Foram polêmicos também? Ok, então não se dê nenhum ou todos!

Dá muita raiva... E não é uma prática que acontece desde este jogo...

Bem, no fim, acabamos por ficar com mais raiva ainda dos dirigentes mineiros que, apesar de tudo, continuam a estender tapete vermelho ao manda-chuva da CBF...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ainda os vejo

Ainda os vejo

Perdi vocês. Se foram como as águas que mataram minha sede, molharam meu corpo e, em correnteza, desceram entre curvas.

Passaram por mim como lua cheia a clarear meu caminho de tantas escolhas. Iluminaram meu rosto, como o sol que me aconchegou de manhã num inverno sozinho.

Fiz parte de um livro manuscrito a várias mãos, em que o fim deu o título, mas aí estão as palavras escritas pra sempre.

Piso o chão frio e nehum calçado parece me proteger. Toco o espinho do corpo e não há mais quem estanque a dor.

Nessa hora em que pareço fincado em raízes profundas de um antigo carvalho, ainda me lembro da natureza singular da sombra que nos proprorcionamos.

Toquei cada flor de nossa vida à espera de um desabrochar final, salvador. Vi ervas daninhas se imiuscuirem em nosso jardim, mas nada abateu seu crescimento.

Não vi suas pegadas muitas vezes. Mas a certeza de seus passos tornava a vida mais confiante pra se caminhar.

Vi jóias de brilho e prata no fundo do poço. Nadamos juntos o incerto destino que nos foi proporcionado.

Agora, a saudade brinda meus olhos com água, a solidão apresenta uma forma aguda, sem cheiro ou cor.

Tentei congelar-nos. Mas me pareceu mais fácil sublimar tudo e vê-los voando, partículas ao ar.

Já me lancei nesse rio. Já senti frio e calor. Já procurei nas florestas suas árvores plantadas.

No fim, pelo menos enquanto a distância nos separa de um pólo a outro, observo aquelas curvas, a profundidade de seu leito, a distância das margens.

Não ficou, queridos, tal qual o pescador satisfeito com suas cheias redes, mais que a vontade de voltar pra casa.

Ainda os vejo e compartilhamos as alegrias de todas as estações.

Encontrei vocês. De manhã, num cantinho aconchegante daquela parte em que mais gostávamos de ficar. Ao lado de todo amor que abraçamos nossas vidas.

E assim é que as coisas estão sendo feitas.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

E agora, presidente?

A Dilma venceu as eleições. E agora?

De meu ponto de vista, deve-se começar a construção de apoios de uma forma diferente, mais equilibrada, menos "carguista" que o Governo Lula.

Há que se entender que tal postura foi necessária durante parte do atual governo, mas é necessária uma mão mais forte, mais voltada pros objetivos que pra construção da maioria ampla.

Sua aliança estará em seu governo, mas em cargos de menor expressão.

Acredito que o apoio popular pode forçar determinadas mudanças: se o governo sinalizar com uma postura que não transige com conluios e roubalheiras, será apoiado e forçará o Congresso a apoiá-lo.

Eleições passadas, uma das mais baixas que já vi, "é bão" começar por uma postura que não repita antigos erros.

Minha casa e meus sonhos

 Hoje olhei pras paredes de minha casa. Pensei na melhora, gostei do que fiz. Fiz da parede meu retrato e da lembrança minha busca. Sorri ao...