O barulho era discreto, as meninas passavam, uma arrumação intrépida de cores via passar. Eu, menino, entre as montanhas de minha cidade criança.
Um galpão branco explodia em “olhares no cabelo dele” e eu olhava tudo, assim como continuei fazendo por muitos anos.
Depois, uma piscina me lembrava da alegria da fantasia, do cuidado, da vida. Era arrumado, era amado e ia viver minha vez de falar do cabelo de outra pessoa.
Depois aquela cidade boa, montanha por trás, em que, menino, vi o homem chegar. Um tira-dentes daquele lugar, minha companhia naqueles, neste e nos dias que ainda hei de brincar. É melhor ainda do que parece e nem precisa da rima.
E agora José, a luz apagou? Claro que não. Nossas mudanças são mínimas olhando de longe e gigantes olhando bem de perto por cima do ombro, mas as cores ainda estão muito vivas.
Mas ainda parece que perdi a blusa que mais gostava.
De Kafunga a Kfouri, análises sobre futebol! De Caminha a Lula, o que achamos sobre política. Poesias e comportamento humano.
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