sábado, 9 de abril de 2011

Mais uma do Haroldo...

Quando não cabe palavra no branco silêncio que se apresenta qualquer rabisco para tentar falar das coisas que acontecem é pouco ou inadequado. 
 
E eu quero a reflexão mais completa,a que faça do que se vivencia ou do que se ouve falar um exemplo, uma máxima, uma parábola.Entretanto, estou anestesiado pela perplexidade, afônico.
 
Sequer, consigo executar a crônica, que fala do dia pela sua superfície do que fora agudo, mas com a beleza sutil de uma poesia entreaberta.
 
Resumir o dia quando o dia nos dá a difícil tarefa de colocar em linhas a tragédia de fatos inusitados, que ultrapassam mesmo o grau de horror das hecatombes ocorridas há menos e um mês. 
 
Então, será em vão escrever essas linhas, mesmo porque não serão publicadas em jornal de grande  circulação para que milhares de pessoas se estarreçam com a maldade humana? Acho que cada um escreve na sua cabeça uma crônica do dia.
 
Publicar ou não é questão de  fazer ou não os outros participarem de suas ideias, ou até mesmo de convocar o contraditório do outro. 
 
Talvez a visão do horrendo para o outro tem algo que pode ajudar a nossa  perplexidade a voltar a falar. Outra coisa.
 
O texto saiu um pouco evasivo mesmo(acho), metalinguístico, me desculpem o termo técnico, sem dar nome, em vez de bois, às dores. Não precisa, vocês já sabem bem. 
 
Hoje a poesia da crônica se escondeu por motivo de luto em algum lugar  por trás destas palavras. 

Haroldo Lourenço
Bom dia.

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 Hoje olhei pras paredes de minha casa. Pensei na melhora, gostei do que fiz. Fiz da parede meu retrato e da lembrança minha busca. Sorri ao...