Engraçado como feriado GRANDE
é pequeno, não cabe dentro
de uma ampulheta que simula
sequer alguns minutos.
Grande
é a expectativa por vivê-lo.
E no durante, ali no meio de período, entre um gole
e outro de cerveja, à beirada
da piscina, de barriga para
o ar, descobre-se que ele
se vai silenciosamente entre
os dedos, como um fluído que as datas em vermelho nas folhinhas
não conseguem apreender:
esperamos. O feriado grande
infelizmente não nos emendou à utopia da felicidade,
todavia, com certeza, tentamos,
com certeza não foi em vão.
Pelo menos descansamos a
expectativa, a angústia da espera
pelo gozo que eternize a sensação de vento no rosto
com janela de carro aberta,
a sensação de bar, de piscina,
de campo, a sensação imensurável
de alheamento da guerra
da vida contra o dia útil.
Haroldo Lourenço
é pequeno, não cabe dentro
de uma ampulheta que simula
sequer alguns minutos.
Grande
é a expectativa por vivê-lo.
E no durante, ali no meio
e outro de cerveja, à beirada
da piscina, de barriga para
o ar, descobre-se que ele
se vai silenciosamente entre
os dedos, como um fluído
não conseguem apreender:
São meras indicações do alívio
que cessará quando menosesperamos. O feriado grande
infelizmente não nos emendou
todavia, com certeza, tentamos,
com certeza não foi em vão.
Pelo menos descansamos a
expectativa, a angústia da espera
pelo gozo que eternize
com janela de carro aberta,
a sensação de bar, de piscina,
de campo, a sensação imensurável
de alheamento da guerra
da vida contra o dia útil.
Haroldo Lourenço