Já há algum tempo que venho querendo escrever sobre uma postura ética de vida, sobre essa nossa forma de viver, etc.
Bem, em um mundo tão cheio de gente dizendo sobre o que é ter uma vida digna, sobre como se chega à felicidade, em um mundo em que se carrega desejos que não se sabe serem seus ou de outrem, em que buscamos muitas coisas que talvez nem a queiramos, é preciso buscar a raiz de nossos sentimentos e prazeres. É preciso ver o essencial pra chegarmos à algumas coclusões.
Sempre compartilhei de uma máxima liberal: Sua liberdade termina onde começa a de outrem. Pra mim, essa idéia deve ser expandida para que se chegue a um padrão ético de comportamento, ou seja: ser ético é não invadir a órbita alheia. Ora, mas isso se resolve em padrões religiosos, místicos, filosóficos? Pra mim, não. Ser ético significa não levar sofrimento a si ou a outrem. Padrões não importam em tal realização.
Mas o que é sofrimento? Se pensarmos em difententes países, essa idéia certamente não poderá ser compartilhada. Assim, pra que se chegue a uma visão mais certa, talvez pudéssemos dizer que ser ético seja respeitar a dignidade da pessoa humana.
Este princípio sim, independente da religião, situação social, cultura, escolarização, encerram no sujeito uma forma de ser que permitirá uma vida mais próxima de nossos ideais de prazer e felicidade.
Respeitar a nossa própria dignidade e a dos outros significa, em última análise, que o ser humano, espécie de sucesso neste planeta, poderá sustentar sua existência por muito mais tempo que podemos imaginar hoje. Poderemos, quem sabe, dessa maneira, ter bilhões de pessoas em situação emocional de menos tensão, mais vida.
Mas não se engane, ética não é a do outro mas a sua. Não chegaremos a lugar algum sem mudanças próprias. "É preciso ter foça, é preciso ter garra, é preciso ter fé na vida"!