sexta-feira, 10 de agosto de 2012

São todos príncipes

Descia pra Savassi, já a noitinha, olhando as pesoas que iam e viam, numa cidade cheia de um tanto de gente sozinha.

Passei pela Praça da Liberdade e aquele amontoado de cânticos chegou até mim. Muitas e muitas mulheres, meio exageradas é verdade, mas que davam seu recado.

Campanha política.

Junto à elas, de longe, bem protegido por alguns seguranças, jazia ainda vivo, um senhor candidato a vereador.

Olhei aquela cena. O sujeito, representante absoluto do povo brasileiro, desafiador das eleites e representante de todo trabalhar nacional, de braços cruzados, sendo terrivel e completamente adorado.

Lembrei do quanto, depois de eleitos, eles se sentam nas casas legislativas, com o todo o luxo possível, e nunca mais são nossos empregados.

Saí da praça, ainda vendo o representante absoluto do povo, cercado e distante.

Continuei indo e incessantemente me perguntei por que fazemos isso.

Damos a eles aquilo que é só e apenas nosso.

E subi a Cristóvao Colombo um pouco  mais triste.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Minha casa e meus sonhos

 Hoje olhei pras paredes de minha casa. Pensei na melhora, gostei do que fiz. Fiz da parede meu retrato e da lembrança minha busca. Sorri ao...