Descia pra Savassi, já a noitinha, olhando as pesoas que iam e viam, numa cidade cheia de um tanto de gente sozinha.
Passei pela Praça da Liberdade e aquele amontoado de cânticos chegou até mim. Muitas e muitas mulheres, meio exageradas é verdade, mas que davam seu recado.
Campanha política.
Junto à elas, de longe, bem protegido por alguns seguranças, jazia ainda vivo, um senhor candidato a vereador.
Olhei aquela cena. O sujeito, representante absoluto do povo brasileiro, desafiador das eleites e representante de todo trabalhar nacional, de braços cruzados, sendo terrivel e completamente adorado.
Lembrei do quanto, depois de eleitos, eles se sentam nas casas legislativas, com o todo o luxo possível, e nunca mais são nossos empregados.
Saí da praça, ainda vendo o representante absoluto do povo, cercado e distante.
Continuei indo e incessantemente me perguntei por que fazemos isso.
Damos a eles aquilo que é só e apenas nosso.
E subi a Cristóvao Colombo um pouco mais triste.
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