Aqui, agora, neste instante, em que meus olhos nos veem, minha alegria parece longe.
Reporto-me a vários lugares conhecidos e próximos, mas há parte de mim que vai mais longe, mais perto de toda a verdade. Não duvido de minhas memórias ou de meus sonhos, só deste lugar sóbrio e só, e muito mais lúcido.
E, assim, vou até todos meus sentimentos, afundo-me nesta vontade inesgotável de explicar-me. Se há algo dentro que possa salvar-me vou atrás e vejo, sinto e tento, por mais parado que esteja. Calculo-me, como já o fiz tantas vezes, mas só pra efeito de repetir, não mais de render-me.
Seus olhos, como os meus, não viajam mais tão perdido, mas absorto, na busca. E, enquanto não acho, vou-me, enuveado e certo. Sou parte de todos nós que se sentem tão diferentes dos demais. Sou o arqueiro que busca seus próprios alvos.
Não sorrio de novo, contudo sinto-me já tão mais resignado. Enquanto o sono não vem, durmo em mim esta vontade. Amanhã procuro de novo. E mais uma vez, e sempre. Vamos, que há muito mais por escrever. Tocaremos o que procuramos, juntos.
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