quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Pro pequeno Rick

Um dia ele chegou e o vi entrando em minha casa. Até então, só minha casa.

Entrava loiro, pequenino e de olhos azuis. Acabei por sentir-me de lado.

Mudamos e fomos ver o tempo passar na capital.

Foram tempos em que cobrava o amor só pra mim e deixei-me levar por lugares de sombra.

Vieram os anos e vi-lhe crescer. Ainda que o amasse e protegesse, ainda havia nuvens que entorpeciam-me.

Mais chuvas e trovoadas, mas nossa união fez fazer sol em minha vida.

Depois. Sim, o depois.

Construímos juntos um pedaço de nossa casa ao som de Serafim e seus filhos e fomos, enfim, amigos.

Mais tempo, mais coisas feitas juntos.

Até que um dia tivemos de levar nosso grande amor, la pícola madre, pra se tratar. Éramos, de novo, eu e ele.

Não mais deixei turvar meu espírito.

Vimos todos aqueles dias ruins, mas sempre estivemos lá, juntos.

E ela se foi. Mas, como que por sua força, ficamos cada vez mais próximos.

Um dia, convidado que fui, vi a chegada de sua pequena Sabedoria e pude, finalmente, abraçá-lo, ainda que o fizesse na figura de sua pequena Maria.

Resgatei aquele dia tão longe, em que chegava ele nesse mundo e ficamos juntos. Ele, pequenino, e eu, grandão, a vê-los. E, sorriso no rosto, chorei entre abraços e alegrias.

Agora, na ausência, meu pequeno Rick, vejo-o próximo em cada passo que dou. Abraço meu loirinho e vemos juntos os sóis e mundos que se nos apresentem.

Espero ser pra você, o exemplo que se tornou pra mim.

Admiração e, sem dúvida, orgulho por sua altivez e coragem fazem de mim mais um que gosta daquele pequeno menino que cresceu.

Mais uma história. Esta, pro meu little brother, Rick.






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