Quando era menino, cantava com meu pai, dentro do carro, a música do tambor... Viajávamos juntos e aquela música marcava minha relação com o velho e o caminho pra Macaúbas.
Depois, na descoberta da mudança pra capital, onde deixava minha querida Itacambira, "O Menino da Porteira" viajou comigo e fez cançao em mim, já em BH.
A música, por mais que não me importasse com a essencialidade de minha relação para com ela, veio marcando todas as etapas de minha vida.
Já na adolescência, Legião e todas as músicas que representavam aquela fase de dúvidas e de emoções tão à flor da pele...
Um dia, debaixo de um pé de amora, eu e a loirinha de minha vida, deixávamos um "depois de um dia chuvoso" lavar-nos a alma.
Todos os dias em que via uma roda de violão, aquela vontade de saber cantar.
E fui, finalmente, atrás. E encontrei alguém que pôde me ensinar.
Ensaiar, aprender, desistir, tentar de novo, ter de esforçar-me, ter a coragem pro palco, pra apresentação, tremer, gostar, sorrir, entender que fui capaz de desafiar-me e conseguir.
Saí daquele palco mudado, alegre, integrado, sabendo que meus pequenos sonhos encontraram-se comigo, assim que fui capaz de olhar pra eles, deixar meu coração disparar e dar-lhes as mãos.
Meus pequenos sonhos estarão comigo de agora em diante, atiçando-me o medo, mas tendo coragem pra esperar o amanhã.
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