segunda-feira, 16 de maio de 2011

Meu time jogou ontem...

O time jogou. Meu coração foi junto. Verdade seja dita: foram também meu fígado e rins. Jogou como se deve jogar.

Levou meu cérebro com ele, apesar de deixá-lo meio tonto e não conseguir mais saber quem mandava: se ele, ou uma partizinha de mim, o apêndice, que de aposto não tem nada... Deixa saber que ele existe procê ver...

Meu time jogou. Com os pés, as mãos, com a cabeça. Ah, a cabeça... Acabei de falar da parte de dentro dela agorinha, olha lá em cima... Mas a parte de fora, vermeinha, vermeinha. Raiva, alegria, chutes e socos, tudo de bruncadeirinha, não se assuste.

Esse meu time jogou! Circulou o sangue e a bola. Fez músculos distenderem, e pernas se debaterem. E eu, já com meus bíceps femurais completamente estenuados, também chutei muitas bolas, mas ao vento.

E por falar nisso tudo, como ficaram as línguas depois do acontecido? Havia línguas falantes e de falas decisivas antes. Durante também. Ora, quantas e quantas vezes todo o sistema motor-oral teve de se posicionar pra... Gritar! Viva todo esse sistema. Depois do jogo metade das línguas era usada. A outra metade... Bem, a outra metade ganhara um cala-bocas. Línguas se contorceram neste processo...

Mas é isso aí, vai começar mais um campeonato, já pensou quantas vezes tudo isso que temos por dentro vai movimetar o que temos por fora e a gente vai tentar, de novo, termos mais utilizações que os outros?

Sempre vai ser assim. O passado fica pro hipocampo processar.

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